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3 dicas para o uso de objetos de ferro e vidro na arquitetura

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Alcançar um visual contemporâneo e moderno não é tarefa muito complicada, se os materiais certos forem utilizados.

Ferro e vidro são opções que conferem uma estética muito interessante aos ambientes residenciais e comerciais. Versáteis, eles combinam entre si, podem ser usados separadamente ou em uma infinidade de arranjos com outros materiais.

Curiosamente, apesar de garantirem o ar contemporâneo, eles são empregados na construção civil, na arquitetura e na decoração há um bom tempo.

Pensando na beleza e na qualidade desses materiais, apresentamos neste post um pouco de sua evolução ao longo do tempo e três dicas imperdíveis para aplicá-los na decoração. Acompanhe!

O ferro

Descoberto ainda na Pré-História, esse mineral era utilizado de maneira natural em enfeites e passou a ser fundido para a criação de utensílios, ferramentas e armas na chamada Era de Ferro.

Apenas no final do século XVIII e início do século XIX o material começou a ser empregado como elemento estrutural: a primeira ponte de ferro foi construída entre 1776 e 1779.

A Europa, antes do momento que conhecemos como Revolução Industrial, passou por diversos problemas em relação às mudanças sociais e populacionais. A solução foi desenvolver novas tecnologias, aliadas aos recursos naturais disponíveis. O objetivo era o crescimento rápido das cidades e a melhoria da infraestrutura, em um movimento que resultou na verticalização.

A partir daí, as estruturas de ferro começam a ser utilizadas na construção de praticamente todos os edifícios e obras públicas. A arquitetura do ferro passou a ser tendência não só na Europa, mas também nos países americanos, asiáticos e africanos, em função do imperialismo.

A valorização do ferro aconteceu por suas qualidades e facilidades e pela beleza da arquitetura desenvolvida com a utilização dessas estruturas de maneira aparente.

Obras como a Ponte Eiffel, em Portugal, e a Biblioteca Sainte-Geneviève, em Paris (concluídos em 1881 e 1850, respectivamente), demonstram o poder estético das armações.

O ferro foi muito utilizado em sua forma natural até a descoberta do aço, que é a junção de ferro e carbono (em pequenas concentrações) para corrigir algumas características e adicionar mais resistência e durabilidade. O aço só foi produzido em alta escala com a Revolução Industrial.

O vidro

Não existe um consenso acerca da origem do vidro, a teoria mais aceita é que seu descobrimento foi feito há mais de quatro mil anos por navegantes fenícios. Também há indícios do material dentro de pirâmides do Egito, o que garante que ele já existe há um bom tempo.

A mistura de areia, barrilha e calcário, quando fundida, forma o vidro. O resultado é um composto sólido com características de material líquido.

Quando aquecidos a mais de 1500º C, os componentes geram uma massa transparente, plástica e pastosa, possibilitando a criação de inúmeras formas a aplicação em objetos domésticos, embalagens, chapas, lâminas, entre outros.

Isso sem contar com a variedade de processos químicos que podem mudar as propriedades do material, criando itens como os vidros temperados e as fibras de vidro. Adicionando substâncias e elementos químicos, por exemplo, temos vidros azuis, esverdeados e fumês.

Bem como o ferro, foi somente a partir da Revolução Industrial que os artefatos de vidros puderam ser produzidos em larga escala, de maneira mais automatizada e em formatos mais resistentes. O impulso veio, principalmente, dos setores da construção civil e da indústria automobilística.

A união dos dois materiais

Na construção civil e na arquitetura, a presença do ferro e do vidro unidos é comum e faz sucesso. A combinação é sinônimo de modernidade, possibilidades estruturais e novas estéticas. Dois dos exemplares mais conhecidos são a Casa de Vidro e o Museu do Louvre.

A Casa de Vidro é o projeto mais famoso de Philip Johnson e é ganhadora do primeiro prêmio Pritzker. A residência modernista tem formato de bloco, as arestas são de ferro e a fachada é inteiramente de vidro, possibilitando a visão de todo o ambiente interno e a integração com a natureza.

Outra obra de Johnson que vale a pena conferir é a Catedral de Cristal, localizada em Los Angeles, que segue um padrão inovador para uma estrutura religiosa.

O Louvre, em Paris, atualmente o museu mais visitado do mundo, conta com a Pirâmide de Cristal, uma estrutura de vidro e aço. Conectando o pátio ao subsolo, a pirâmide foi a solução encontrada para facilitar o acesso ao interior do edifício e quebrar a estética clássica do palácio que abriga o museu.

As características da decoração

O ferro e o vidro são usados tanto na parte estrutural (principalmente em sistemas de construção) quanto na decoração, com o uso de ornamentos e mobiliário produzidos com o material.

O ferro pode conferir um visual mais rústico e antigo, ao passo que as aplicações do aço trazem um ar mais moderno e urbano para a arquitetura. Em ambos os casos, o material transmite solidez e confiança, seja em estruturas maiores ou em aplicações em residências.

O vidro é um belo recurso para iluminar o interior dos ambientes, podendo proporcionar também sensação de amplitude e conforto térmico e acústico.

Os dois materiais são simples e acessíveis e, ainda assim, conferem qualidade e beleza a qualquer projeto. Com a ajuda deles, as obras podem apresentar traços autorais e arrojados.

Esses materiais também podem ser aplicados sem problemas em estéticas industriais, minimalistas ou clássicas, para compor janelas, portas, estruturas aparentes, divisórias e móveis, por exemplo.

ferro e vidro na arquitetura

Três dicas para aplicá-los

1. Janelas e portas de vidro

Apostar em janelas e portas de vidro é uma ótima ideia para trazer amplitude e iluminação ao espaço. Existem várias alternativas com características interessantes: alguns protegem contra a radiação solar, outros são blindados ou têm películas que escondem o ambiente interno.

O ferro pode aparecer como acabamento e em detalhes — contornando a chapa de vidro, por exemplo.

2. Ambientes integrados e amplos

Os materiais também podem integrar ou dividir espaços. Existe uma tendência de mercado que investe em “paredes” de vidro ou ferro para separar ambientes muito grandes e garantir charme à decoração.

Esses painéis podem criar divisórias em flats e lofts ou até mesmo em quartos ou salas muito grandes. Nos banheiros, também é possível delimitar a área do chuveiro, desde que o vidro e o ferro recebam o devido tratamento.

ferro e vidro na arquitetura

3. Neutralidade e sofisticação

Pense nos seguintes materiais: madeira, concreto, porcelanato (de todos os tons) e tijolos. E agora, considere as cores: laranja, verde, azul, preto, branco e cinza. Todas essas possibilidades combinam tanto com o vidro quanto com o ferro, não é mesmo?

Além de serem adaptáveis aos diversos estilos, a grande vantagem desses materiais é a facilidade na combinação. Por possuírem várias tonalidades e aspectos neutros, eles não impedem a aplicação de revestimentos ou outros itens.

O mais interessante é que alguns revestimentos já seguem a tendência da união do vidro e do ferro e simulam essa estética, tornando ainda mais fácil alcançar a sofisticação no seu ambiente.

E aí? Gostou deste texto? Aproveite para entrar em contato com a nossa equipe e descobrir mais sobre as possibilidades que a Portobello pode oferecer para o seu projeto!


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  1. Olá, tudo bem?

    Realmente, ficou incrível!
    Agradecemos o seu contato e ficamos à disposição!

    – Equipe Archtrends Portobello

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